sábado, 18 de abril de 2009

História da GLEG - Parte II

2 – Preparativos: Com a inauguração oficial de Goiânia, a 5 de julho de 1942, — seu crescimento avultava, a cada ano, e a cidade, nova capital do Estado, se projetava no cenário nacional, como uma nova fronteira na conquista, habitação e desenvolvimento de todo o Centro-Oeste.
Inquietava os Maçons de Goiás o fato de que não tinham autonomia administrativa. Porquanto, as diretrizes vinham da Grande Loja de São Paulo, uma das sete Grandes Lojas criadas, em 1927, pelo grande maçom Mário Behring, comendador do Supremo Conselho do Grau 33 para o Brasil. Por isso, e porque a Grande Loja de São Paulo já não tinha condições de dar, — pela enorme distância, numa época em que não existiam estradas, e as linhas aéreas eram escassas — de dar a imprescindível assistência às Lojas disseminadas pela capital e pelo interior de Goiás, os maçons daqui decidiram criar a sua Potência Maçônica.
Assim é que, a 6 de maio de 1951, reuniram-se os obreiros das Lojas Adonhiran, Roosevelt e Educação e Moral, no recinto da primeira, então localizada à Rua 6 nº 30, esquina com a Rua 4, Centro, para tratar da criação da Grande Loja de Goiás.
Na reunião conjunta, a Loja ficou assim composta: venerável mestre, colombiano Augusto de Bastos; primeiro vigilante, Irineu Mendes; segundo vigilante, Jerônimo Bareicha; orador, Genésio Barreto de Lima; secretário, Francisco Ribeiro Scartezzini, auxiliado por Hênio da Silva Maia; tesoureiro, Benedito Barreira de Moraes; chanceler, Manoel Domingos Terrível Jr. Tomaram assento no oriente Luiz Caiado de Godoy e Lafayette Teixeira França.
Os trabalhos foram abertos pelo obreiro colombiano Augusto de Bastos, assinalando que a ordem do dia seria a fundação da Grande Loja, constituindo-se, a sessão, em assembléia geral das três Oficinas referidas: Adonhiran, Roosevelt e Educação e Moral. O orador fez especial menção ao Dia das Mães.
Com a palavra, Luiz Caiado de Godoy colocou, objetivamente, a situação de relativo abandono dos maçons de Goiás pelos maçons de São Paulo, — o que foi alvo de sua fala, na reunião trimestral de 1950, de que tomou parte, na capital de São Paulo. E lançou a idéia de criação da Grande Loja de Goiás.
Lafayette Teixeira França apoiou as colocações de Luiz Caiado de Godoy, e criticou a desorganização administrativa da Grande Loja de São Paulo, espelhada no envio de correspondência de maneira desordenada. E sugeriu que se cuidasse, desde então, de esboçar-se a constituição futura Grande Loja. Após várias discussões, ficou assente que a fundação da Grande Loja dar-se-ia no dia 9 de junho, às 17h30, no templo da Loja Adonhiran, então à Rua 6 nº 30, Centro.

3 - A Data Magna: No dia aprazado, 9 de junho de 1951, às 17h30, reuniram-se os obreiros das Lojas convidadas no templo da Loja Adonhiram. Abertos os trabalhos, a Loja ficou assim
composta: venerável Mestre, Colombino Augusto de Barros; primeiro vigilante, Irineu Augusto Mendes; segundo vigilante, Samuelino Fernandes de Castro; orador, Plínio A. Gonzaga Jayme; secretário, Francisco Ribeiro Scartezzini, auxiliado pelos obreiros Genésio de Lima e Hênio da Silva Maia; tesoureiro, Carlos Castanho.
A seguir, Colombino convidou Manoel Guilhermino dos Santos, delegado do grão-mestre da Grande Loja de São Paulo, em todo o Estado de Goiás, para presidir e conduzir os trabalhos. Ao assumir a presidência dos trabalhos Manoel Guilhermino determinou que fosse feita a chamada nominal dos obreiros integrantes das Lojas representadas na Assembléia, tarefa a cargo de Genésio Barreto de Lima.
Ficou decidido que outras reuniões seriam realizadas para a escolha do grão-mestre e composição do Alto Corpo da nova potência maçônica. Por consenso, a escolha recaiu no ilustre Maçom Luiz Caiado de Godoy que, ao aceitar o cargo, nomeou, incontinente, o obreiro Colombino Augusto de Bastos seu deputado, cargo correspondente ao de grão-mestre adjunto na nomenclatura de nossa Constituição. Como grande secretário-chanceler, foi designado Manoel Guilhermino dos Santos, que vinha ocupando, até então, o cargo de deputado do grão-mestre da Grande Loja de São Paulo e, nesta condição, seria o grande propagandista da Maçonaria, nestes altiplanos, valendo-se, para tanto, da sua profissão de viajante-comercial, ou caixeiro-viajante. Por eleição, foram preenchidos outros cargos: grande 1º vigilante, Lafayette Teixeira França; grande 2º vigilante Benedito Barreira de Moraes. Por aclamação, foram escolhidos os titulares de outros cargos: grande Orador, Plínio A. Gonzaga Jayme; grande tesoureiro, Francisco Ribeiro Scartezzini; grande hospitaleiro, José Luiz Galvão; grande mestre de Cerimônias, José Bach; grande 1º diácono, Absalão Mendonça; Grande 2º diácono, Antônio Alves; grande Cobridor, Hênio da Silva Maia; Grande Guarda do Livro da Lei, Carlos Castanho; Grande Porta-Estandarte, Jerônima Bareicha; Grande Arquiteto, Manoel Domingues Terrível Júnior; Grande Guarda do Templo, Albano Dias. Para as Grandes Comissões Permanentes, foram escolhidos: I - Grande Comissão de Finanças — Albano Dias, Gérson de Souza Arraes e José Luiz Galvão; II - Grande Comissão de Legislação e Justiça — Acary Passos de Oliveira, Genésio Barreto de Lima e Irineu Augusto Mendes; III - Grande Comissão de Assuntos Gerais — Colombino Augusto de Bastos, Crimildes Azeredo, Plínio A. Gonzaga Jayme, Lafayette Teixeira França e Benedito Barreira de Moraes.
Estava, assim, fundada a Grande Loja do Estado de Goiás, e composta sua administração provisória, sua primeira administração, à qual incumbiria adotar as providências visando à instalação da nova Potência maçônica.

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